Quanto vale a vida?

Quanto vale a vida?

Por vezes fazemos esta pergunta em momentos de imensa alegria ou de tamanho sofrimento.
O que é a vida?

Nem sempre conseguimos explicar, ah…mas tudo tem um significado.
Quando embarcamos no trem da vida uma coisa é certa, nesta viagem terão coisas boas, outras nem tanto, situações positivas, negativas, medo, coragem, fé, desamparo, saúde e doença.
E como enfrento o inevitável… como lido com o inesperado?
A natureza não briga com as estações. Há dias de sol, outros de tempestade, às vezes passa um Tsunami, no outro um lindo arco-íris, folhas caem, secam, árvores morrem, flores renascem e com nós humanos não é diferente, talvez a diferença esteja em como lidamos; brigamos com as nossas estações.
Nada sabemos, pouco entendemos e isso pode ser confortante ou desesperador.
Olhamos para a janela do trem da vida e ela passa rapidamente sem que muitas vezes possamos identificar o que passou, a velocidade diminui e já podemos olhar a vista mais lenta, bonita ou assustadora.
Olhamos para o lado e agradecemos quem nunca soltou a nossa mão nesta viagem.
Olhamos para dentro e sentimos medo, mas esperança.
Acolhemos o que nos é apresentado, abraçamos a dor e descansamos na fé.
O tempo às vezes para, às vezes corre como cachoeira dos olhos.
Não há onde chegar, há um caminho a ser percorrido, envelhecemos, mudamos, rejuvenescemos, renascemos.
Na bagagem de mão não é hora de carregar muita coisa, apenas o essencial, dar conta do que juntamos e espalhamos por aí.
A noite chega, o frio bate, mas amanhã é um novo dia, o sol nasce nesta vida que sempre vale a pena, há sempre de valer, mesmo quando incompreensível.

Autora: Ligia Carvalhedo
Psicóloga Clínica e Educadora Parental